O Inhame é um tubérculo parecido com a batata doce e muito comum nos Açores. Durante muitos anos fez parte da dieta básica do povo das ilhas, principalmente nas zonas rurais.
Dá-se muito bem em zonas húmidas, pelo que muitas vezes é cultivado ao pé de ribeiras. É colhido entre Dezembro e Março e normalmente ao fim de um ou dois anos.
A sua planta é rustica, perene e de folhas largas dando também uma graça decorativa ao jardim. O tamanho do tubérculo é muito variável e a sua pele é áspera e difícil de descascar. Os mais pequenos são chamados por aqui de "minhotos", mas não me perguntem porquê pois nunca ninguém me soube dizer. A cor da polpa varia entre tons esbranquiçados, amarelados e rosados.
Nos Açores o inhame é muito utilizado para acompanhar pratos de carne de porco, nomeadamente torresmos, morcelas e linguiças. Há também quem o use em sopas como substituição da batata e para acompanhar peixe frito.
Este tubérculo é uma grande fonte de energia pois é rico em hidratos de carbono e pobre em gorduras e muito rico em vitaminas e sais minerais.
A casca do inhame é um pouco irritativa para as mãos pelo que se aconselha o uso de luvas. Há quem os coza com a casca, para isso tem que os raspar e lavar bem para retirar toda a terra que sempre trazem. Eu costumo usar os mais pequenos e prefiro descasca-los antes de os levar a cozer. Consoante o tamanho dos inhames e a forma com se partem levam em média cerca de 20 minutos a cozer na panela de pressão. Depois de estarem cozidos podem ser fritos, salteados ou até transformados em puré. Há também quem os use para fazer doces e sobremesas mas eu nunca experimentei.
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